HAPKIDO

História do Hapkido

HAPKIDO

A HISTÓRIA DO HAPKIDO

A História do Hapkido começa com uma questão política entre China, Coreia do Sul e Japão. Por volta do ano de 668 a Coréia deixou de ser uma colônia da China e unificou os seus três reinos (Kokuryo, Paekche e Shilla) sob o comando da rainha Chin Heung.

Era um tempo de barbárie: só os mais fortes e mais preparados sobreviviam, por causa das guerras sanguentas entre o Império Kokuyo e povos vizinhos, como mongóis e os chinos.

Para garantir a sobrevivência e a segurança da rainha, foi selecionado um pequeno exército de combatentes. Eram homens fortes e que conheciam técnicas milenares de defesa com mãos vazias e armas (como lanças, espadas, montaria), além de dominar outras técnicas (como a contenção de respiração por vários minutos e grade poder de concentração e controle do corpo). Eles eram chamados Hwarang´s.

Aqueles homens bem preparados defenderam o reino por muitos anos contra revoltas internas e inimigos externos. Passaram a ser chamados de Samurang´s.

O tempo trouxe mudanças no sistema político-cultural com a nova Dinastia Yi e, com o Renascimento europeu (dando importância às artes e à escrita), essas técnicas marciais começaram a ser banidas da península coreana pelo próprio reino local. Tinham perdido importância diante do uso da pólvora, vinda da China.

Com isso, os Hwarang´s, ou Samurang´s e seus grandes mestres acabaram sendo banidos para as montanhas. Por muitos anos viveram lá, em templos. Recebiam esse nome porque, durante a fase de preparação, reuniam-se no tempo budista Hwarang, onde recebiam a maioria dos ensinamentos.

Lá aprendiam a dominar o corpo e refinavam a mente, estudando a literatura, ética e filosofia. Essa técnica se desenvolveu por muitos anos, transformando-se no que conhecemos como Hwarang-do. O Hwarang-do é a base do desenvolvimento de todas as artes marciais coreanas e, principalmente do Hapkido atual.

Invasões na Coréia do Sul

De 1567 a 1608, a Coréia sofreu duas grandes invasões do Japão lideradas pelo lendário Shogun Hideyoshi Toyotomi. A intenção do Japão era invadir a China, um país que representava grande ameaça. Hideyoshi pediu autorização ao reino coreano para entrar em seu território e atacar a China , mas não a obteve. É que a Coréia havia selado a paz e tinha boas relações com a China.

Então, em 24 de abril de 1592, o Japão invadiu a Coréia com quase 160 mil homens. Com a ajuda dos generais chineses, a Coréia resistiu. Mas, na segunda invasão, em 19 de março de 1957, a Coréia foi minada e enfraquecida.

Neste meio tempo, o rei Sonjo (Coréia) pediu mais uma vez conselhos e ajuda aos militares chineses. Dentre eles, havia mestres shaolins, como Nei Shu Zheng e Hei Hu Li. Esses generais sabiam que, entre o exército coreano, ainda se praticava o Tang Su (defesa com os pés e mãos) e pediram a presença desses mestres. Fizeram alguns desafios para que pudessem comparar as duas técnicas e a arte shaolin mostrou supremacia. Com alguns conhecimentos chineses, mestres coreanos desenvolveram o Kwonbop Subak – técnicas de agarramento e projeções. Depois da invasão, muitos desses mestres foram levados para cativeiro no Japão.

O desenvolvimento dessas técnicas desenvolvidas foi, aos poucos, formando o conjunto de Hapkido.

Considerando a vulnerabilidade da Coréia em 1790, o rei Chongjo (da Disnatia Li) ordenou o retorno dos Hwarang´s. Aos mestres Lee Dok Um e Park Jae Ga, pediu que registrassem todos os seus conhecimentos em quatro livros. Com isso a prática das artes marciais voltou a Coréia, onde foram trabalhadas e desenvolvidas.

A história continua após a terceira invasão do Japão à Coréia, em 1907. Naquela época, o hoje lendário Choi Yong Sul (foto), então com três anos de idade, foi aprisionado e levado para o Japão, onde foi adotado por Sokaku Takeda – o único representante da família do Daito Ryu-Aiki-Jujitsu - e recebeu o nome de Hioshida, além de ter sido proibido de falar coreano.

Nesse meio tempo, Choi conheceu um dos alunos melhor graduado de Takeda O´Sensei, na prática do Daito Ryu-Aiki-Jujtsu: Murihei Ueshiba (fundador do Aikido). Após a morte de Takeda, Choi se tornou um de seus sucessores, aos 39 anos.

Terminada a segunda guerra mundial, com a crise que bateu o Japão, Choi retornou à Coréia. Como praticante de arte marcial, vai em busca de novos conhecimentos.

Durante dois anos, treinou arduamente o Taekyun (de Song Dok Ki) e o Tang Su (similar ao boxe chinês), adquirindo conhecimentos necessários para que, junto como o Daito Ryu, desenvolvesse a técnica Globalizada de grande diversidade técnica: o YU KWAN SUL. Nesse sistema a maioria das artes marciais foi originada do Hwarang´s.

Em 1948, Choi estava com 44 começou a ensinar o Hapkido, formando alguns de seus melhores discípulos.

Fonte: CALDAS JR, Paulo (et.al). Hapkido: o caminho da energia coordenada. São Paulo: On line, 2011.

Técnicas que o Hapkido Ensina

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Dandion Hohup

Técnicas de respiração e concentração para a prática do Ki

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Hwan Sang Do Bup

Técnicas de visualização de movimentos (simulação de movimentos com Dandion Hohup)

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Ho Shim do Bup

Técnicas de defesa pessoal

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Kwon Pop

Técnicas Circular

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Ki Hap Do Bup

Técnicas de concentração e energização através da emissão de sons (grito)

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Nak Bup

Técnicas de saltos e rolamentos

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Tchagui Sool

Técnicas de chutes

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Kyuk Ki Do Bup

Técnicas de combate

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Moo Ye Do Bup

Técnicas de simulação de golpes, como uma dança

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Su Juk Do Bup

Técnicas traumatizantes

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Byung Sool Do Bup

Técnicas com armamentos

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Su Chim Do Bup

Manipulação e uso dos pontos de pressão

Benefícios do Hapkido

A pratica do Hapkido, assim como qualquer outra arte marcial traz diversos benefícios aos seus praticantes. A seguir serão elencados os principais.

Além dos benefícios diretos como o condicionamento físico e psicológico, o aluno da Equipe Crown também recebe acolhimento desde o primeiro dia, criando laços e vínculos com alunos e professores. Uma das grandes premissas da equipe é o trato humano, onde todos recebem o mesmo tratamento, respeitando as suas diferenças e características únicas, tornando assim um ambiente saudável.